More than words

Boneca     Escola     Amiga     Ciúme     Displicência     Morte     Reaproximação

Mudança    Crescimento     Transferência     Troca?     Não.     Cinzas     Amizade

Força     Rock     Self     Galera     Primeiro     Amor     Beijo     Faculdade

Câncer     Cinema     Briga     Friozinho     Traição?     Aham.     Lágrima     Outro

Balada     Bebida     Sinuca     Amigos     Conversa     Vinho     Continuação

Nada     Olhos     Textura     Aniversário     Ônibus     Unanimidade     Contrato

Viagem     Contato     Reveillon     Ligação     Show     Apagado     Incômodo

Pessoalmente     Confiança     Sentimento     Jogo     Andar?     Massagem.

Dormir     Acordar     Saber     Tempo     Remédio     Cristina     Música     Agrada

Ofendida     Sozinha     Triste     Merda     Merda     Merda

This is your life.      It doesnt get any better than this.

Joceline Gomes

27 janeiro, 2009 at 12:43 am 1 comentário

Perguntas e respostas

De “como eu gostaria de ser entrevistada?”.

Uma boa entrevista parte de uma premissa. A de que haja um bom entrevistador, que é sinônimo de pessoa inteligente. Mas bem, essa premissa de que uma pessoa inteligente é necessária serve para qualquer situação que envolva mais de uma pessoa, enfim, qualquer situação que envolva uma pessoa inteligente pelo menos (sim, é um ciclo nonsense). Então logo que alguém fala entrevista eu penso no David Letterman e nas piadas sem graça dele que de alguma forma estranha me apetecem. Mas ele já fez entrevistas ruins. Fato. Alguns culpam os entrevistados, mas eu acho que não, acho que uma entrevista chata sempre tem como principal suspeito o entrevistador.

Para não pensar em quem me entrevistaria, que formaria uma lista imensa (já que eu conheço muita gente inteligente. Ironia aqui.), eu prefiro pensar nas perguntas que eu gostaria de responder. Claro que se tem que ter em mente que as minhas respostas teriam que ser boas (leia-se irônicas e cheias de piadas internas) para que eu considerasse a entrevista boa. Ou seja, a melhor entrevista seria aquela que eu recebesse as perguntas antes pra pensar em respostas bem espertas.

Penso nas perguntas que o James Lipton faz no final do Inside the Actor’s Studio (programa de entrevista que entrevista atores e, de vez em quando, diretores). Adoro aquelas perguntas. Sempre penso nas respostas pra elas. Não lembro de todas, mas tem a ‘Som favorito?’, a ‘Palavrão preferido?’, ‘Som que detesta?’. A melhor é ‘Se o céu existe, o que você gostaria de ouvir de Deus quando você chegasse lá?’. Bem, as respostas geralmente são bem legais. A clássica é a do De Niro, depois usada também pelo Scorsese: ‘Não tem ninguém aqui além de mim’. Gosto da resposta do Harrison Ford também, “Você é bem mais bonito pessoalmente”. Hilária. E vou citar só mais uma pra não ficar mais pedante do que já está. Richard Dreyfuss: “Entra, não é tão chato como você pensou”.

Eu cética que sou sei que é tudo balela. Mas a pergunta não é se você acredita em Deus, céu, etc, é ‘se existisse’. Então vou responder, porque eu gosto do James Lipton e seria divertido ser entrevistada por ele apesar de não ter vocação nenhuma pro showbizz. Queria ouvir: ‘Sabe aquele dia que você queria fazer aquela coisa e não fez porque achou que estava errada. Bem, você estava certa.’ Não é uma resposta boa, mas me satisfaria. Gosto de saber que estou certa, mesmo com atraso e mesmo sem saber o contexto. É de mim para comigo mesma.

Perguntas legais não morrem no Sr. Lipton. Qual foi o último filme que eu chorei? Pontes de Madison. Que nome eu daria para um bicho de estimação assim que ganhasse um? Se for macho Pulitzer e se for fêmea Paris Hilton. Se eu pudesse deixar um milionário pobre, qual seria? Muito fácil essa, Steve Jobs, ele é muito metido (mas eu amo a Apple). Música do Chico Buarque favorita? João e Maria, nem sou engajada. Quem, em qualquer tempo ou espaço eu gostaria de encontrar pra conversar o tempo que fosse? Muito clichê responder Alexandre, o Grande? E Jesse James? E Simone de Beauvoir? Truffaut? Jane Austen? Que tal Olga Prestes? Machado de Assis soaria muito ‘metida a intelectual’? Coco Channel fútil demais? Puccini muito ultrapassado? Freddie Mercury soa melhor? Bem, escolheria um morto com certeza. Com os vivos eu ainda tenho chance de conversar. É ínfima, mas existe.

Olívia Florência

18 abril, 2008 at 3:42 am 5 comentários

Era uma vez…

O incrível caso da pessoa que perdeu sua caneta e veio me contar. Meia hora depois eu pergunto: e eu com isso?

“Deixa eu te contar o que aconteceu comigo…” Não. Não deixo. Não me interessa. Era o que eu queria dizer quando fulana começou a me contar como perdeu sua caneta e a encontrou no mesmo lugar onde deixou. … E o pior é que essas histórias acontecem todo dia o dia todo. Entre o “oi” e o “tudo bem” enquanto você está correndo com pressa para pegar o ônibus, se vão quinze minutos para ouvir o que aconteceu com a “distraída”. Se eu quiser história fútil, ligo a televisão.

Essa falsa cordialidade que somos obrigados a ter no cotidiano me incomoda profundamente, porque você não pode virar e dizer simples e diretamente: cala a boca, por favor! Você tem que ficar sorrindo e balançando a cabeça afirmativamente se não pode “ferir os sentimentos do outro”. As pessoas já estão feridas e é de longa data, talvez seja por isso que precisam conversar tanto sobre tudo, com tudo quis dizer tudo mesmo, incluindo o “minha vó era de lá” quando você faz um comentário sobre uma cidade distante.

Essa necessidade de ser ouvido e falar até que a necessidade biológica de respirar de vez em quando interfira na prosa é algo explícito atualmente. Se você pensa que as pessoas estão cada vez mais introvertidas no pós-modernismo, movidas pelas relações indiretas trazidas pela internet, engana-se. E aí mesmo que o poder de fala torna-se ainda mais visível. Agora, todos têm esse poder, e o reconhecimento vem exatamente do que você fala ou faz. Orkut, blogs, fotologs repetem “mostre-se, diga o que quer e terá o mundo” como um mantra para novos cadastros, mas muitas vezes é o que acontece. O ditado “quem tem boca vai a Roma” está levando gente a muitos outros lugares.

Mas uma coisa é “falar” na internet, e outra é estender um falatório sem razão para se mostrar “comunicativa”. Se tempo é dinheiro, isso eu não sei, mas, sinceramente, não me interesso por histórias que só tem graça dentro de um determinado contexto ou para quem o conhece. E o pior são aquelas histórias que não tem fim (e você não quer saber o fim mesmo). Crianças costumam fazer isso. “Mãe, o fulano ia me emprestar a borracha, mas aí a borracha caiu e aí…”. Instinto maternal não existe, e paciência ilimitada também não. Até aquelas pessoas suuuuper pacientes que todo mundo conhece já bufou algum dia numa dessas “situações da borracha”.

Eu não sou monge, não sou mãe, nem pretendo ser canonizada. Então, não exija mais do que minha paciência possa agüentar. Perdeu sua chave? Procura. Achou? Parabéns. Não preciso saber onde ela estava nem o que ela abre. Poupe o meu tempo e o seu e vá a Roma com outra companhia.

Joceline Gomes

31 março, 2008 at 1:41 am 5 comentários

Lado B

Por mais que a pessoa use óculos grandes, carregue Ulysses na mochila, identifique óperas no rádio do ônibus, goste daquilo que simplesmente ninguém gosta, acredito que ela tenha um lado B. Mas vamos lá, o que é o lado B? Lado B é aquilo que os bregas amam e você simplesmente odeia o fato de também gostar, não por ser brega, mas por não poder dividir com os outros. Sim, assuma, tire o dedo de debaixo do queixo, aponte para a tela e repita comigo: é verdade…

Leitor, só não afirmo isso olhando nos seus olhos porque a tecnologia ainda não criou a ferramente “inside-eyes”. Logo, acredite em mim. Você tem um lado B. Antes de divulgar os meus, vou dar alguns exemplos do que fazem parte desse lado, digamos, tão oculto.

  • Filmes melodramáticos: todo mundo sabe que já se esgotaram as histórias de Sabrinas, mas ainda insistem na coisa da mocinha, do vilão e da thin line between love and hate. Oui, ela existe; só nos filmes.
  • Best-sellers: continuo batendo em cima dos benditos. Porque best-seller são misturinhas que dão certo, como receita de bolo. Algumas com um segredo mágico, outras muito óbvias. E você, amigo de casa, que curte só escritores contemporâneos, ou aqueles escondidos nas prateleiras da biblioteca, e se encantou com Dan Brown,sim, esse é seu lado B.
  • Funk: o funk tem uma história engraçada. Antes era ritmo de malandro do Rio, depois invadiu as casas dos playboys, chegou a outras capitais e hoje o som te invade. Pode estar tocando a música mais bacana dos últimos tempos, mas se o DJ colocar um funk, não fica ninguém sentado. Trocaram o tun-tis-tun pelo pancadão.

Enfim, são três pequeninos exemplos de Lado B. Até porque esse lado é tão pessoal, cada um tem o seu. O meu é vergonhoso, para assumir e tudo o mais. Eu até tento lutar contra eles, mas não consigo. Não dá. Passo vergonha nos meus amigos simplesmente por gostar de Fábio Jr. e Roupa Nova. Eu sei, não tenho nem 30 anos para ter sido fã na adolescência. Fábio Jr. é um pão, vamos combinar. E Roupa Nova embala qualquer romance. Os Lados Zs que me perdoem, mas ter um Lado B é bom demais!

Laura Maria

14 março, 2008 at 1:30 am 3 comentários

Ferramentas jornalísticas

Crachá, bloquinho, gravador, câmera… mais do que recursos para a execução de um trabalho, são essas tralhas que fazem do jornalista o habitante do Olimpo.

Para o jornal de hoje à noite, é preciso entrevistar uma estudante que trocou de banco por causa das taxas abusivas. Mas só dizer que ela é estudante não é suficiente. Televisão é imagem, e tudo deve ser mostrado em imagens em movimento. Então, o que melhor representa um estudante? Oras, biblioteca! Pergunta: você acha que é possível gravar uma entrevista nesse ambiente e manter o silêncio necessário à concentração de seus usuários? Pois é… pense na cena. E a estudante, era eu.

Lá vem os cachorros do apocalipse com sua indumentária escrito “a serviço da emissora…” ou “reportagem”, fazendo barulho e exibindo suas armas: bloquinho, gravador, microfone com logomarca da emissora, câmera (de vídeo ou fotográfica) e seu tripé.

Eles chegam marrentos, cara de desconfiados, olhando para os lados ou apontando o nariz para o alto, empunhando um crachá e gritando corredor à fora: “sou do jornal Bulufutu, estou esperando há 10 minutos! Isso é um absurdo!”. Tanta presunção chega a ser cômica se não me instigasse a vontade de distribuir socos e pontapés.

Muitos professores comentam que o jornalista não é maior ou mais importante que o assessor, o publicitário ou outras profissões relacionadas à Comunicação (só à Comunicação). Entretanto, a marra e os narizes empinados ainda mantém o mito do “neutro, objetivo, imparcial” e blábláblá.

Não acredito que sejamos meros proletários vendendo suas forças de trabalho, como já ouvi um professor dizer. Lidamos com informação e isso nunca é isento de responsabilidades e interesses, às vezes, para além dos econômicos. O status ainda conta mais que a conta bancária. Principalmente quando existem pessoas na fila e você puder passar por cima exibindo seu crachá, sua câmera, sua máquina fotográfica, seu microfone…

Joceline Gomes

29 fevereiro, 2008 at 1:30 pm 2 comentários

Vazio

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Chico Amorim

22 fevereiro, 2008 at 4:28 am 4 comentários

Bloqueio

Sempre achei meio estranha essa coisa de blog. Pensava ‘o que completos leigos têm pra dizer sobre as coisas que eu não posso pensar sozinha com meus outros amigos leigos? E por que alguém leria isso?’. Bem, o primeiro blog que eu fiz foi pra uma matéria na faculdade onde era quesito obrigatório ter um blog. Primeiro achei legal, depois idiota, depois achei legal de novo. Pelo menos tinha leitor, já que a professora lia e os outros alunos também estavam interessados nos seus pseudoconcorrentes.  

A matéria acabou, tentei continuar o blog, mas a não-obrigação de postar algo com certa freqüência me fez abandoná-lo. Independentemente do final infeliz, foi bem legal tudo, conheci blogueiros influentes, que liam o que eu escrevia, teve o lance da honra, de me sentir especial, etc. Esse sentimento de que alguém quer saber o que você pensa é ótimo e serve pra tudo, da fila do supermercado (mentira) ao relacionamento com as outras pessoas.Agora tem este blog, um blog em grupo. Um grupo de amigos. Bem, na maior parte do tempo pelo menos. Seja como for, o mais legal é que esse blog estará aqui para sempre. Adoro.  

Concordo com a Joceline sobre a Globo, a beleza e tudo. Essa é minha primeira opinião nesse blog, concordar. Mas atualmente eu não perco tempo pensando nisso, de beleza, Globo, etc porque eu não quero me deprimir e eu gosto de pensar que o mundo é bonito e que todas as pessoas podem gostar de você pelo que você é. Mentira 2. Mas faço minha parte. Não vejo Globo. 

Uma coisa mudou desde o meu primeiro blog. Dou mais valor na opinião dos leigos. E me pergunto o quanto seria chato se só antropólogos falassem de pessoas? Se só os cirurgiões plásticos falassem de beleza? Se só os jornalistas (leigos com diploma) dessem opiniões? Se só os psicólogos citassem Freud? Nossa, Freud é uma unanimidade e isso é legal nele, a gente cita sem nunca ter lido e sem nem aceitar o complexo de Édipo como um fenômeno real, existente. Viva o Freud!!! E a possibilidade de todos nós podermos citá-lo, usá-lo como argumento e como defesa da nossa insanidade. Enfim, viva o blog! 

Olívia Florência

11 fevereiro, 2008 at 10:44 pm 4 comentários

Costuremos nossos sutiãs

De férias, sem nada para fazer e refletindo sobre o nada acabei caindo em um pensamento não muito agradável, mas que pode auxiliar estudiosos comportamentais no futuro. Isso é para enfatizar a relevância do meu pensamento. Descobri que o estilo mulherzinha está na moda. Mas, antes de tudo, a explicação do sentido deve ser feita, para evitar contratempos, óbvio.

Mulherzinhas são seres praticamente extintos mas que estão se reproduzindo de forma inimaginável. Elas são as que não abrem latas de palmito, as que não descem do salto, as que não esquecem o batom em casa, as que não carregam peso, as que choram por amores não-vividos, as que exitam em qualquer decisão, as que carregam o não na ponta da língua, as que cozinham melhor do que se expressam, as que carregam lenços esvoaçantes para os rapazes, as que têm revistas de fofocas como principal leitura, enfim, mulheres anos 50 com suas saias rodadas e a felicidade da compra de um novo fogão.

E explico: a reprodução desses seres está em processo pois os homens foram criados para protegê-las, sustentá-las. As mulheres pós-queima de sutiãs já não são mais tãooo interessantes pelo simples fato de terem se tornado uma espécie de Costela de Adão supra desenvolvida. Hoje, a presença de um homem nas nossas vidas já não é vital pois o truque da lata de palmito é majado, a troca de uma lâmpada não gera mais medo, filhos se faz em qualquer esquina, proteção se tem com alarmes e grades elétricas. Nada insubstituível.

Nada além do carinho que eles nos dão, a forma como nos olha, a maneira como nos admira, a mão que preenche toda a nossa, o jeito simples de levar a vida. Por isso, os homens continuam sendo homens. E as mulheres de mercado decretaram guerras àquelas que regrediram no desenvolvimento feminino e acabaram por chamar mais a atenção dos NOSSOS homens. Sim, eles preferem as old-fashions, por mais triste que isso soe. Meninas, o jeito é travarmos essa guerra e vencermos com nossa delicadeza camuflada. Conselho de amiga: não abram a lata de palmito, finjam que não têm força suficiente para isso. E continue lutando pela promoção. Não esqueça o batom e guarde o livro de Negócios. Enfim, comprem os benditos sutiãs.

Laura Maria

8 fevereiro, 2008 at 1:06 pm 6 comentários

Beleza Pura

Já dizia o poeta: “As muito feias que me perdoem, mas beleza é fundamental”. A Globo concorda.

Por falar em Globo, acho que todos já têm conhecimento sobre a nova novela das 7 (que começa 7:15) chamada “Beleza Pura”. Outra novela já teve nome parecido, ou não se lembram da Belíssima? Com uma abertura que mostrava uma anoréxica girando numa espécie de palco, de onde era vista por pessoas “comuns” com caras de espanto. Não faço idéia de como será a abertura da “Beleza Pura”, mas não deve ser muito diferente.

Tendo em vista que “Belíssima” é de 2005, diria que a Rede Globo aborda o tema “Beleza” com muita freqüência, já que apenas três anos depois usa praticamente o mesmo título para uma segunda novela. Na verdade, não quero parecer hipócrita, mesmo já parecendo, mas não assisto novela. Não assisti a primeira e com certeza não irei assistir à segunda, mas, pelo que sei de Belíssima e Beleza Pura (com base nas propagandas), as duas não tratam do mundo das modelos ou das “celebridades” muito menos de academias ou clínicas de estética corporal, como se espera de seus títulos. São apenas novelas, que não acrescentam nada de novo ao que já estamos acostumados a ver: um casal que se conhece no primeiro capítulo, se apaixona perdidamente (à primeira vista, é claro), porém, por conta de mal entendidos e vilões malvados, muito malvados, não podem ficar juntos até o último capítulo – quando casam, têm filhos (mais do que já tiveram ao longo da trama com outros personagens, geralmente, com os vilões) e vivem felizes para sempre.

Então a pergunta que fica é: como uma novela absurdamente comum, previsível, cheia de clichês, pode ter Beleza no título se não a aborda como mensagem explícita de seu enredo? Simples: cercando de uma ponta a outra da novela, passando por todos os núcleos dramáticos – cômico, pobre, rico, e os protagonistas – com pessoas caracterizadas como “belas” pela sociedade ocidental contemporânea. Exemplo: mães solteiras (conceito já questionável, pois, desde Maria, não conheço outro caso de concepção imaculada) de quarenta anos com três filhos têm pernas torneadas, sem varizes ou pele sobrando ou faltando, cintura fina, seios fartos, bumbum empinado e uma pele alva, limpa de rugas ou marcas de qualquer tipo. Sem contar que elas já acordam maquiadas e vão dormir sem sinal de cansaço aparente, mesmo tendo feito todas as tarefas domésticas de salto alto e saia justa. Não há diferença nas roupas usadas entre elas e suas filhas de 16 anos. Todas relevando seus atributos físicos, obviamente.

Com esta mensagem visual – a mais forte e mais eloqüente de todas atualmente – não é preciso sequer lembrar que esta novela aborda o tema Beleza, pois todas as novelas e toda a mídia faz a mesma coisa. Com tanta gente lembrando simultaneamente que você não se enquadra no padrão atual de beleza, porque não tem três filhos e não está nem perto de ter o corpo que aquela senhora tem, como é possível se sentir satisfeita com o reflexo do espelho?

Um comercial de sabonete, xampu, creme hidratante, creme para os cabelos e desodorantes diz fazer uma “Campanha Pela Real Beleza”. Soa lindo, mas até que ponto devemos confiar de que não se trata de mais uma tentativa de fazer pessoas de “belezas diferentes” comprarem aquele produto, já que apresenta uma “representante” do meu estilo corporal, raça e tipo de cabelo na propaganda? Aliás, o que é o real para essa empresa? O que eu vivo ou o que eu vejo? As duas coisas? Então devo me sentir bem com o que vejo no espelho se o que vejo na TV é absoluta e absurdamente diferente? Quando a mídia deixou de ser a “representação da realidade”? Se ela representa a realidade, não deveria estar vendo pessoas de todos os tipos? Essa segregação imagética, onde somente os belos têm vez, são sinais da época em que vivo? É possível ser saudável mental e fisicamente quando tudo a sua volta diz que você está eliminado da seleção natural e que talvez você esteja assim porque quer?

Poderia continuar fazendo perguntas sem fim sobre esse tema, mas seria desnecessário, pois a Globo não vai mudar nada por conta disso. Nem qualquer outra emissora. Só queria saber por que não tem uma gordinha no Big Brother Brasil, ou uma “quarentona”, com rugas e varizes para provar suas mil experiências. Se o que se passa na casa é um Reality Show a realidade é mesmo muito bela. Belíssima. Beleza Pura.

Joceline Gomes

4 fevereiro, 2008 at 2:38 am 3 comentários

Primeiro Post

Olá. Esse é um blog com 4 donos. Decidimos fazer um post sem dono, para dar uma prévia do que a gente é. Essa conversa foi gravada e transcrita. O post acaba com uma auto censura, no meio da conversa. De qualquer jeito, apesar de não gostarmos de censura, achávamos que já estava bom de ‘papo furado’. Sinta-se em casa.

Joceline: Então tá. A primeira coisa que a gente tava falando era do provedor, não era?
Chico: Uhum.
Joceline: Vai ser no WordPress que você tava falando?
Olívia: Não, mas, peraí, deixa eu falar uma coisa, essa parte do provedor vai entrar no primeiro post também?
Chico: Já tá.
Joceline: Já tá rodando, já.
Chico: Inclusive você perguntando.
Joceline: Aham.
Olívia: Tá. (risos)
Joceline: WordPress. Er… Qual que é o site?
Olívia: Não, mas, se você achar difícil, tipo, escolhe um fácil.
Chico: A gente pode olhar as opções, assim, mas acho o WordPress legal.
Laura: Por que não usa o blogspot mesmo?
Joceline: O mais fácil é o blogspot?
Chico: Acho que você tava aqui, você não tava aqui na hora da discussão sobre o blogspot.
Laura: Por quê? Vocês não gostam não?

(silêncio)

Olívia: É que eu acho que o blogspot
Chico: Pra variar também.
Olívia: … sempre tem aquele layout manjado, igual…
Joceline: …mono.
Laura: Mas o quê que vai importar, o layout ou o texto?
Chico: Os dois.
Laura: Aha! Aha!
Chico: É um blog.
Olívia: Não, sim, eu não estou falando pra gente mexer no layout, fazer um super layout, “oh, nossa, que revolucionário”, sabe? “Esses caras deveriam ser designers”, sabe? (risos)
Chico: Mas eu acho cool quando alguém usa o WordPress invés do blogspot, do Blogger.
Olívia: Mas o WordPress é fácil de usar? Todo mundo pode comentar? Tem que pensar isso.
Laura: É, porque tem que ver isso.
Chico: É, é.
Olívia: É, porque o Vox não é todo mundo que pode comentar. Você tem que ter blog pra poder comentar. (silêncio) Por que eu gosto mais do layout do Vox.
Chico: Quase certeza. Mas a gente pode olhar isso depois.
Olívia: Acho que tem que ser visto. Mas enfim, a gente faz isso mais tarde né?
Joceline: Então… o primeiro post… sobre
Laura: Sobre?
Olívia: Que é esse agora.
Chico: Uhum.
Joceline: Acho que chegamos a um acordo, logo que nós começamos a gravar de que todo mundo tá assistindo Big Brother.
Olívia: (risos) Legal, Joceline…
Joceline: Calma…
Olívia: (risos), não tô acreditando.
Joceline: não vai ser sobre o Big Brother. Não vai ser sobre o Big Brother.
Laura: Eu não tô mesmo.
Joceline: Não vai ser sobre o Big Brother, é exatamente sobre essa cobrança, assim, porque quando a gente tá no curso, acho que todo mundo já ouviu, no curso de Comunicação Social, todo mundo já ouviu que a gente deve assistir de tudo, desde o cinema cult até o Big Brother. Então, assim, por exemplo, quando você fala que você tá assistindo o Big Brother, as pessoas sempre são ridicularizadas, porque sempre pensam que isso é uma coisa de quem não tem o que fazer, de quem é inútil.
Olívia: Você sofre preconceito, Laura? (risos)
Laura: Muito.
Olívia: Tadinha da Laura.
Laura: Principalmente por parte da Olívia e do Chico.

(risos)

Chico: Eu não tenho preconceito, é diferente. Eu já falei hoje, é desprezo.

(risos)

Laura: Amizade muito bonita a nossa.
Olívia: Nossa, gente, vamos dar um abraço grupal. Anota na transcrição “abraço grupal”.

(risos)

Laura: Abra parênteses, “abraço grupal”, fecha parênteses.

(risos)

Olívia: Como só nós quatro vamos ler esse blog, não faz diferença… (risos)
Joceline: Não vai fazer diferença.
Olívia: … não vai fazer diferença nenhuma.
Laura: Gente, o Chico tá levando a sério, vamos discutir alguma coisa.
Chico: Mas o quê que você ia falar sobre o negócio do Big Brother?
Joceline: É exatamente isso, assim, que falam “ah, não sei o quê, você tem que ter um olhar crítico sobre as coisas”. Até que ponto que vocês realmente usam um olhar crítico quando vocês estão assistindo um Big Brother?

(silêncio)

Chico: Ontem, quando eu assisti, eu desliguei o cérebro.
Laura: É, eu sou meio massa também.

(risos)

Laura: Eu acredito que a maioria…
Olívia: “Eu sou meio massa” foi ótima!

(risos)

Olívia: Não, quando eu assisto, geralmente eu assisto na casa da minha tia, que minha tia é viciada, aí minha tia fala “ó, esse é o mal”, “esse é o bom” e eu engulo tudo. (risos). “Esse é o mal”, “esse é o bom”…
Laura: Não tem outra referência né?

(risos)

Olívia: “Essa aí é a vadia”

(risos)

Laura: “Esse daí, ó, é o que tá em cima do muro”.
Olívia: É. Aí eu acredito.
Laura: Eu só não acredito no Bial.
Joceline: Só não acredita no Bial por quê?
Olívia: O Bial não fala nada, como assim você não acredita no Bial?
Laura: Tipo, “o Bial não fala nada”!? O Bial fala tudo!
Joceline: Como véi? Ele é absurdamente parcial lá dentro, entendeu? Ele sempre provoca alguma coisa lá dentro.
Laura: Ele tem o ganhador dele.
Joceline: Às vezes ele fala alguma coisa assim “ah, não sei o quê”…
Olívia: Ah ele conta uns segredinhos, é verdade, ele sacaneia… tipo, quando… “ah, aquela hora, não sei o quê”…
Laura: Aquelas que quer discutir, que esquece né, que tá ligado, assim, “vamos discutir, você viu ontem?”

(risos)

Joceline: Não, mas é, o Bial é o que mais provoca lá dentro.
Laura: É, eu só não gosto dele. E da Natália também.

(risos)

Joceline: Não, assim, pra falar a verdade, eu assisti no primeiro dia, aí eu parei de assistir por duas semanas, e voltei a assistir na… no sábado, na sexta, no dia que escolheu a líder, foi quinta né? Na quinta-feira. Aí eu fiquei sabendo assim, foi exatamente isso que você falou, assim, minha mãe que me contou tudo, entendeu? “Essa é a boazinha”, “essa é a ruinzinha”, “essa tá namorando com aquele”, que não sei o quê, que não sei o quê, que não sei o quê, aí foi que eu fiquei sabendo de tudo, assim, em dez minutos. E não precisei de mais que isso.
Chico: Porque é bem novela né?
Joceline: É, porque é bem novela mesmo, entendeu? Aí toda hora, assim, o que mais me irrita, o que mais me irritou sempre, em todos os Big Brothers, menos naquele que tinha o Jean, porque era realmente um drama aquilo ali, então não me incomodava, mas assim, em todos os Big Brothers, o que mais me incomoda é aquilo “ai, o jogo já começou”, “estamos aqui num jogo”, e não sei o quê. Eu não sei quem foi que instituiu essa idéia, entendeu? Não é um jogo, aquilo ali é assim, uai, o que conquistar mais simpatia do povo ganha um milhão, entendeu?
Olívia: Eu acho que é mais sorte e azar também.
Joceline: É mais sorte e azar, mas não é aquela coisa, aquela estrutura, “o jogo”…
Chico: É…
Joceline: “nós temos que derrubar os mais fortes”…
Chico: …porque você vai eliminar, é. É verdade.
Joceline: … e não sei o quê. Sabe? Isso foi uma coisa que o Alexandre Frota colocou na casa dos Artistas e todo mundo seguiu.
Olívia: É, eu também acho. Até porque você pode dar azar, cair no paredão, tipo, na primeira semana, que ninguém fez nada. Que você não…
Joceline: Exatamente.
Olívia: Aliás, na primeira semana ainda dá pra você ficar fingindo né? Fingindo ser outra coisa e ser uma pessoa ótima…
Joceline: Que nem aquela do cabelo.
Chico: Até porque quem fica muito descarado e que joga as pessoas tomam uma antipatia por ele. Ele vira o vilão da história.
Joceline: É. Agora, é exatamente isso, como é que uma pessoa vira vilão numa casa?
Olívia: É.
Joceline: Entendeu? É uma construção que eu ainda não entendi como é que é feita. Sabe?
Laura: Mas é porque eu acho que, dentro da casa, você acaba tornando uma sociedade. Que sociedade não tem o seu vilão, o seu herói, o seu “bonzinho”, a sua vadia, sua… toda sociedade tem.
Joceline: Por exemplo, a estudante de jornalismo de Brasília, a Thatiana, que você conhece, Laura, conforme você já disse…
Laura: Enfatiza aí, ó. (risos)
Joceline: Estou enfatizando agora. Assim, er… ela mesma disse, que teve um dia que foi cinco jornalistas lá, alguma coisa assim, né? Aí ela falou assim… aí um deles perguntou “ah, e o que você acha da edição? Você tem medo da edição?” Aí ela falou assim: “olha, eu acho que a edição não vai mostrar nada que a gente não tenha feito aqui.” Então quando ela falou isso já me fez pensar outra coisa também: até que ponto que a edição pode transformar alguém em vilão ou herói mesmo? Entendeu?
Chico: Mas eu acho que é tudo questão da edição mesmo.
Laura: Mas todo mundo fala, quem tem 24 horas fala que a edição é que bota o pessoal lá em cima. Essa Gyselle, falaram que é um saco, a menina não faz nada.
Olívia: Cara, você conhece alguém que tem 24 horas?
Laura: Er… comunidade do orkut.

(risos)

Laura: Então tá, deixo bem enfatizado que eu assisto Big Brother toda noite como sendo a última noite. No outro dia eu falo “não vou assistir, não vou assistir”…

(risos)

Olívia: Não, e o detalhe, você assiste depois do Multishow?
Laura: Ahn?

(risos)

Laura: Então, continua com a sua discussão…
Olívia: O tempo tá bom né?

(risos)

Laura: … estava bem interessante.
Joceline: Então, mas, assim, essas pessoas que falam que é a edição que transforma, sei lá, porque, por exemplo, o Big Brother sempre tem aquela coisinha, das chargezinhas, das musiquinhas, aí todo casal tem a sua musiquinha, sabe? Mas sei lá, eu não consigo ver, não, lógico que isso tem um efeito, mas eu não consigo ver a partir de que momento aquele efeito começa a surgir, entendeu? A partir de que momento aquilo começa a influenciar na opinião das pessoas, sabe? Por que assim, uma coisa é você tirar uma pessoa que tá saindo da novela das nove, botar ali naquele negócio e ela continua naquele pensamento de teledramaturgia, entendeu? E ver aquilo como se fosse uma novela, mas…
Olívia: Mas são essas coisas que dá drama, entendeu? E transforma o Big Brother numa coisa especial. É trilha sonora, é aquela festa que você fantasia aquelas pessoas… porque a vida em si é muito chata, você fica aquele dia lá, aquele tédio…
Laura: E quem não queria ter duas festas, tematizadas, toda… duas vezes por semana?
Olívia: Não, é, é aquela coisa, é a pessoa ficar bêbada, porque…
Laura: Dançar o “creu”.
Olívia: … o bêbado que fica bêbado todo dia não é legal, sabe? Fora do Big Brother. No Big Brother ser bêbado todo dia pode até ser…
Laura: É cool. É até cool.
Olívia: … é cool. É, tipo, você fica lá… o bêbado é engraçado, é pra frente, né?
Joceline: E é engraçado, assim, o Big Brother já não lança moda desde o Big Brother do Jean, né? Não acontece nada que lança moda, assim. Sei lá, e até o Big Brother do Jean também não lançou nenhuma moda. Eu lembro da moda da “saia da Sabrina” que ficou conhecida como “a saia da Sabrina”.
Olívia: Mentira. Ano passado, aquelas florzinhas…
Laura: Da Íris, é verdade.
Joceline: Ah é. É. É verdade.
Olívia: Cara, todo mundo usava aquilo, todo mundo. Você saía assim na rua… não, na faculdade mesmo.
Joceline: Ah é.
Olívia: Um monte de gente, com aquelas florzinhas no cabelo, assim.
Chico: É.
Laura: Eu acho que o único Big Brother assim bacana que mereceu ganhar, assim, foi o 7 mesmo, que foi o Alemão. Às vezes até nem o Jean, porque o Jean eu acho que fez muita…
Olívia: Eu acho que o Jean fez também…
Chico: Mas o Alemão também era muito chato.
Olívia: … ele chegou no nível que ele se vitimizou demais.
Laura: É…
Olívia: Chegava a ser um saco.
Chico: Mas o Alemão era chato também, muito chato.
Olívia: Mas o Alemão nunca usou…
Laura: Era inteligente.
Olívia: …nunca fez essa pose de vítima. “Ah, eu sou o coitado”….
Chico: Mas era chato.
Joceline: Mas ele foi convidado pra entrar lá. Ele nem mandou vídeo.
Olívia: Não, foi. Mas isso eles nunca esconderam.
Laura: Tem que ser foda pra isso, tem que ser foda. Você é? Coloca um asterisco nessa parte…(sussurando)
Joceline: Não, mas, sei lá, teve um monte de Big Brother que passaram, assim, apagados. Eu não sei um dia que tava tendo o 2, o 3, o 4…
Chico: Esse tá muito apagado.
Joceline: Esse tá muito apagado.
Laura: Quê isso, gente, são 18 milhões de votos. Numa eleição que não vai nem decidir o futuro de nada, assim.
Olívia: Cara, na fila do supermercado, você vê. Eu sei que uma conversa…
Chico: Mas sei lá, hoje em dia…
Olívia: … na fila do supermercado as pessoas falam. Porque você só tem coragem de falar com um estranho quando você percebe aquela coisa em comum. E o Big Brother tem isso, sabe? De você estar num lugar e uma pessoa estranha “ah, não sei o quê, isso parece com o Big Brother”. Aí a pessoa começa a discutir, e faz aquele monólogo de uma hora…
Chico: Mas várias coisas têm que ser levada em consideração. Primeira: quantas pessoas tinham acesso à internet no primeiro Big Brother e hoje em dia? Então, assim, às vezes você tá lá na internet à toa…
Olívia: Mas o primeiro Big Brother foi um sucesso.
Chico: …você tá lá na internet à toa…
Joceline: Mas foi por causa da Casa dos Artistas.
Chico: … mas não tinha o número de votos que tinha esse.
Laura: Não, eu lembro que uma vez teve, acho que foi uma votação que teve 6 milhões de votos, acho que foi até a do médico lá, aquele médico loiro lá que xingou, um negócio lá, aí o pessoal falou assim: “caraca, 6 milhões de votos, e num sei quê” sabe? E hoje, assim, “ah, chegou aos 18 milhões de votos, poderia ter sido mais”, sabe? Hoje já não tem essa coisa.
Joceline: Até porque, ó, lan house, notebook mais barato, computador mais barato.
Chico: E as pessoas votam por qualquer motivo.
Joceline: É.
Olívia: Eu tava na manicure aí a menina falando que, a menina que tava esperando pra fazer a unha, aí a menina falando “ai, porque ontem eu passei a tarde inteira votando no… no Galego”, é no Galego, né? Que saiu? “ai ontem eu passei a tarde inteira no Galego”, aí ela “você votou em quem?”, ela perguntou pra mim, aí eu “ah, eu não votei em ninguém não”. “Como não?! Se o Galego”, er… “se o”… o que ia sair?
Laura: Rafinha.
Olívia: “Se o Rafinha sair a culpa é sua tá?” E não sei o quê.
Laura: Aí você falou: “Oxi, minha filha”.
Olívia: Tá desculpa (risos)
Laura: É, realmente. O Big Brother ganhando aí acho que muda o rumo da história do Brasil. Total.
Joceline: Mas sabe o que me incomodava mais no Alemão?
Laura: Eu só assisto porque eu sou a massa.
Joceline: O que me incomodava no Alemão era esse complexo de Lula, assim, sabe? “O Brasil tá vendo”, “o Brasil tá vendo”, sabe?
Olívia: “Complexo de Lula” (risos)
Joceline: É, assim, sabe? “Nunca na história desse país”, “o Brasil está vendo as mudanças que eu tô fazendo”, esse negócio, sabe? Assim, me incomoda, assim, você tirar, sei lá, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, assim, as grandes capitais, que é quem vota, entendeu? E falar “ah, é o Brasil, é o Brasil” sabe? Não sei, assim, dessas entidades, assim, sabe? “O Brasil tá vendo”, “ah, as mulheres estão comigo”, “ah, não sei o quê”, porque teve um Big Brother que usou isso, “ah, as mulheres tem que se unir, sabe?”, e assim, tinha muitas amizades que eram homem e mulher e, no entanto as mulheres falavam isso entendeu? “Ah, não tô nem aí se ele é meu amigo, as mulheres têm que se unir porque uma mulher tem que vencer o Big Brother uma vez”. Entendeu? Acho que foi até uma que era, que tinha um cabelão assim.
Laura: É, e quem vence é Cida, aquela outra lá também, que era, que foram sorteados, as únicas mulheres que ganharam até hoje foram as sorteadas.
Joceline: Por isso que pararam de fazer sorteio.
Laura: Porque mulher é um bicho chato também. Se você for parar para pensar, mulher convivendo junto com outras é chata. Tipo, os caras estão lá brincando, pulando na piscina, dançando, as outras tão lá assim, fofocando, falando mal.
Olívia: Ah, eu sou obrigada a concordar. Mulher é aquela coisa neurótica, sabe?
Joceline: Não, eu sou obrigada a não generalizar. Eu acho que isso aí é uma coisa que vocês…
Olívia: As que mandam fita pro Big Brother, pronto Joceline.

(risos)

Joceline: Ah, então tá bom.
Laura: Não, mas independente de qualquer coisa, Joceline, porque o homem, o homem, ele não presta, e é uma coisa generalizada, querendo ou não, o homem ele não tem a… ele não presta tanta atenção ao comportamento da outra pessoa, a mulher presta. A mulher é mais detalhista. E às vezes pode até não ser uma fofoca, é um comentário, mas, dependendo de quem tá recebendo, é uma fofoca.
Joceline: Mas, por exemplo, independente de edição ou não, o maior complô da história do Big Brother foram cinco homens que fizeram.
Laura: Foi.
Joceline: Foi aquele do Jean.
Laura: Não lembro.
Olívia: Não lembro também.
Joceline: Tipo, as mulheres ficam neuróticas, paranóicas, ficam morrendo de medo de alguém votar nelas, que nem a Juliana, que ficou chorando, porque pensou que ia pro paredão e não foi. Aí ela não foi e ficou toda emocionada, chorando, sabe? Mas, assim, elas não ficam, sei lá, eu não vejo tanto isso no Big Brother, entendeu? Delas realmente se sentirem tão íntimas de alguém a ponto de ficar dividindo tudo, como elas disseram, entendeu?
Laura: É, ninguém fica íntimo em dois meses. Você mal leva cinco anos pra ficar amigo de uma pessoa.
Joceline: Eu vi a Thatiana falando ontem, “ah, porque nem eu conheço a minha intimidade”. Aí eu “ahn? Como assim? Sabe? Estranhíssimo”.
Olívia: É. Meio, nem eu me conheço.
Joceline: “Nem eu conheço a minha intimidade”?
Laura: Não, eu acho que ela se saiu muito bem. Ela se saiu muito bem na resposta. A Thatiana não saiu ontem?
Joceline: “Nem eu conheço a minha intimidade”, Laura?
Laura: Uai, a bicha tá em cima do muro. A família dela não sabe que ela é bissexual.

A partir daqui a Laura começou a relatar fatos que ela ouviu de fontes confiáveis, porém não “declaráveis”. Esses relatos poderiam comprometer essas fontes e a própria Laura, portanto, a pedido dela principalmente, o primeiro post termina aqui.

29 janeiro, 2008 at 8:32 pm 2 comentários


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